Aos 56 anos, Paulo Ricardo não para. Só de carreira são mais de 30 anos, desde que surgiu com a banda RPM. E agora, enquanto segue com a turnê “Sex on the Beach”, que já foi gravada para um DVD e que deve ser lançado em breve, ele promete “atacar” com outros dois projetos.
Um deles é um álbum que ele pretende regravar com algumas canções de Cazuza. “Acho que as músicas dele, apesar de continuarem vivas, precisam de um update, num sentido tecnológico mesmo”, disse ele em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Uma versão absolutamente contemporânea, com um tipo de sonoridade que ele faria hoje, se estivesse vivo.”
Ao mesmo tempo, Paulo Ricardo planeja um novo disco de inéditas, sucessor de “Novo Álbum”, lançado em 2016. Segundo Paulo, a sonoridade deve ser parecida com a música “Ela Chegou”.
Essa canção ele divulgou no final do ano passado e conta com fortes elementos de música eletrônica. Em São Paulo, Paulo Ricardo chegou a tocar ao vivo em dois shows.
“Com esse novo single, atingi a sonoridade que estava procurando”, afirma. “Acho que me identifiquei com esse nicho, as outras músicas devem seguir um estilo parecido.”
Para ele, não é estranho inserir a música eletrônica em seu trabalho. “Não acho que há alguma contradição na minha discografia com esse elemento. Meu último álbum tem coisas bem eletrônicas”, acredita.
“O RPM é classificado e reconhecido como uma banda do movimento rock, mas sempre fomos mais do techno e do pop. Fui um adolescente que curtiu o rock quando era ainda um embrião dos sintetizadores.”
Texto: Luciano Borborema
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