Paulo Ricardo: resenha e fotos do show em São Paulo
Resenha - Paulo Ricardo (Teatro J. Safra, São Paulo, 16/02/2019) Paulo Ricardo, hoje pode ser um tiozão já passado dos cinquenta anos, contudo quem conhece um pouco da história do rock nacional sabe que o cara foi um dos maiores ícones da década de 80. À frente do RPM o cantor, compositor e instrumentista, causava furor entre as adolescentes numa histeria comparada à beatlemania nos anos 60.
Hoje ele ainda causa furor, porém é mais contido que a de anos atrás. Em seus shows são comuns os gritos de "gostoso", "maravilhoso", "te quero".
Se bem que isso é mais comportamento de quarentonas/carentonas. Ataques histéricos à parte o ex-RPM continua trilhando um caminho de sucesso, volta e meia lança discos e canções que ainda atraem público.
Com mais de trinta anos de carreira ele se reinventa ou pelo menos tenta. Tá com música nova tocando nas rádios e pretende percorrer o país com a turnê "Sex On The Beach". Tour essa que passou por São Paulo nos dias 15 e 16 de fevereiro. O cara fez dois shows que se não lotaram a casa levaram um público bastante razoável.
E pra "ajudar" uma chuva torrencial desabou na capital paulista que poderia causar inveja a Noé. E como desgraça pouca é bobagem PR ainda contraiu uma inflamação na garganta que quase o impediu de cantar.
Mas com profissionalismo e ajuda da fonoaudióloga os shows aconteceram.
Conferi a apresentação do sábado, 16, pois afinal sou herdeiro do rock ointentista e ver um dos grandes nomes da época é sempre legal. A chuva causou grandes transtornos com isso muita gente chegou atrasada.
Sabendo disso a produção fez com que o show começasse cerca de meia hora atrasado, mas que deu até um certo charme e expectativa nos fãs. Às 21h30 a banda entrou saudada pelo público.
No mesmo formato do RPM o grupo traz além de Paulo Ricardo no baixo, Ícaru Scagliusi (guitarra), Raphael Basso (bateria) e Ruben Cabrera (teclados).
Num medley pra aquecer a galera mandaram "Vida Real", tema do Big Brother Brasil, "Juvenília" e "Louras Geladas", essas duas do RPM. Afinal de contas ele saiu da banda, mas a banda não saiu dele. Na sequência PR cumprimentou o público e falou da canção seguinte; "Imagine".
O clássico de John Lennon que foi gravado com autorização da própria Yoko Ono Lennon e tema da novela Estrela Guia, da Rede Globo, em 2001.
O vocalista aproveitou pra agradecer a presença do público e disse que o clima não estava muito bom fazendo com que sua garganta quase estourasse.
Além de dizer que a chuva filha da puta tratou de deixar ainda mais molhada a terra da garoa. Alternado hits da carreira solo com clássicos do RPM o show rolou de boa. Gritos mais exaltados aqui e ali até que Paulo Ricardo anunciou que iriam tocar uma canção emblemática de uma das bandas mais bem sucedidas dos anos 80, a Legião Urbana.
Trocando de instrumento com o guitarrista Ícaru Scagliusi mandaram "Tempo Perdido". Como o público estava sentado já que o J. Safra tem plateia fixa o cantor pediu pra galera levantar, curtir e dançar. Pedido atendido e foi assim até o final.
Não ficaram de fora do set duas bem românticas do repertório Pauloricardiano "Dois" e "Tudo por Nada", versão para "My heart can't tell you no", gravada por Rod Stewart em 1988. Importante destacar que Paulo Ricardo lançou recentemente a canção "Ela Chegou", já sendo veiculada em algumas rádios. Nenhum clássico do RPM ficou de fora: "Revoluções Por Minuto (RPM)", "London London", de Caetano Veloso, "Alvorada Voraz" e "Radio Pirata", que encerrou a apresentação. A banda deixou o palco.
Mas alguma coisa faltava: "Olhar 43". Na volta Paulo Ricardo disse o quanto a canção é forte e mesmo sem ter refrão fez tanto sucesso. A música fechou o show que acabou às 23 horas em ponto. O tiozão mostra que ainda tem fôlego pra muitas revoluções por minuto.
PAULO RICARDO SET LIST NO TEATRO J. SAFRA 16 DE FEVEREIRO DE 2019
VIDA REAL BBB
LOURAS GELADAS
JUVENILIA
A UM PASSO DA ETERNIDADE
ELA CHEGOU
NAJA
LONDON LONDON
DOIS
TUDO POR NADA
TEMPO PERDIDO
O TEMPO NÃO PARA
RPM
ALVORADA VORAZ
RÁDIO PIRATA
BIS OLHAR 43
Fonte
Comentários
Postar um comentário