PAULO RICARDO DIZ QUE ‘OLHAR 43’ NÃO É SEDUÇÃO E QUE SEUS OLHOS APERTADOS SÃO MIOPIA E FOTOFOBIA

Em show da turnê ‘Sex On The Beach’, no Teatro Riachuelo, cantor relembra sucessos do RPM e lança nova música de trabalho
Na foto de trabalho de sua turnê “Sex on the beach”, Paulo Ricardo segura a gola de sua camisa e aperta o olhar, de forma arrasadora. Um “olhar 43”? O cantor, que faz show de sua turnê “Sex on the beach”, nesta terça, dia 7 de maio, no Teatro Riachuelo (a apresentação seria no início de abril, mas foi adiada devido às fortes chuvas), nega a referência. “Ao contrário do que se imagina, o olhar 43 da canção não é um olhar de sedução, mas de adeus”, diz o artista, que, aos 56 anos, afirma que usa, sim, a sedução como performance rock’n’roll, interpreta no show canções do passado e do presente e, nesta entrevista, fala da relação conflituosa com os outros integrantes da banda RPM.
Sua foto com um “olhar 43” na divulgação do evento, o nome “Sex on the beach” para a turnê deste show… Estamos falando sobre a manutenção da sua figura como galã para o público?
Ao contrário do que se imagina, o olhar 43 da canção não é um olhar de sedução, mas de adeus, de desesperança, de frustração por não ter conseguido a atenção da musa. O olhar da foto, com os olhos apertados, acontece com frequência devido ao efeito da luz natural da tarde na Cidade das Artes, onde foi feito este ensaio, somado ao hábito adquirido nos tempos de miopia e uma certa fotofobia, consequência do uso abusivo de lentes de contato na adolescência. Não me considero, nem nunca me considerei, um “galã”, termo cuja definição se adequa muito mais aos atores protagonistas, os famosos “mocinhos”. Mas agradeço o elogio.
Como você se vê, neste momento, nesta posição de artista sexualmente cobiçado? Ela existe ou não? E você gosta?
Hahaha. Adorei o “sexualmente cobiçado”. Acredito, sim, que existe uma forte energia e um aspecto indiscutível de sedução na performance de um show de rock, afinal gente como Elvis Presley e Mick Jagger estabeleceram parâmetros e influenciaram gerações, a mim inclusive, mas é algo ligado à performance, ao calor do espetáculo e às canções, e não uma espécie de caricatura a la Alberto Roberto ou Zé Bonitinho. Mas, respondendo à sua pergunta, sim, ela existe, e dentro daquele contexto, eu gosto, only rock’n’roll but I like it!
Este show é o mesmo que você lançou na virada de 2017 para 2018? Ou teremos novidades no palco?
Os show nunca são iguais, procuro sempre “customizar” o roteiro dependendo do público e do local. Naturalmente alguns hits estão presentes em todos os shows, mas em relação à nossa última passagem pelo Rio, temos a inclusão de “Ela Chegou”, que já está tocando nas rádios de todo o Brasil, e duas músicas do meu tributo a Cazuza, disponíveis nos aplicativos de música, “O tempo não para” e “Pro dia nascer feliz”, recém-lançadas.
Na interpretação atual de sucessos do passado, o que muda? O que você traz de novas referências musicais para esta apresentação?
Tenho uma atitude reverente em relação aos sucessos do passado, quase “vintage”, e procuro reproduzir timbres e climas, numa verdadeira máquina do tempo musical, mas as novidades estão presentes nas músicas novas, como a eletrônica “Ela chegou”.
No show, há várias músicas que foram sucesso com você no RPM. Em paralelo, os outros membros da banda estão fazendo um outro show. Foram noticiados, no jornal O Globo, uma questão legal e a dissonância entre vocês envolvendo o uso da “marca” RPM. Como está esta história e a sua relação com os outros membros da sua antiga banda?
Na Justiça.
SERVIÇO
Teatro Riachuelo: Rua do Passeio 40, Centro — 3554-2934. Ter, às 20h. R$ 50 (balcão), R$ 80 (balcão nobre), R$ 90 (plateia) e R$ 110 (plateia VIP). Livre.

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