WALTHER ALVARENGA ENTREVISTA PAULO RICARDO

As divinas revelações de Paulo Ricardo
O roqueiro Paulo Ricardo é atração do “Brazilian Day Orlando Festival – 2019”, dia 19 de maio, com os hits que marcaram sua trajetória.
Em entrevista exclusiva para o Nossa Gente, o ex-vocalista da banda RPM fala de Ney Matogrosso e do encontro com os brasileiros em Orlando
O cantor e compositor Paulo Ricardo, a grande atração do “Brazilian Day Orlando Festival – 2019” – que acontece dia 19 de maio, a partir das 12 horas, no Lake Eola Park – Downtown Orlando –, promete um show inesquecível para os brasileiros no maior evento já realizado para a comunidade na Central Flórida, sob o comando do jornalista Paulo Correa.
O ex-vocalista da banda RPM que revolucionou o rock nacional nos anos oitenta traz na bagagem os sucessos “Olhar 43”, “Rádio Pirata”, entre outras obras primas, que se misturam a rocks modernos, “Novo Single”, “Raio X” e “Juntos”. “Estou muito empolgado para esse show memorável, e muito grato pelo convite.
Espero que todos se divirtam tanto quanto nós”, comemora o artista.
Em entrevista exclusiva para o “Jornal Nossa Gente”, Paulo Ricardo fala do show “Sex On The Beach”, no “BDO 2019”, que celebra os seus 30 anos de carreira, resgatando a trajetória de sucesso que inclui o pop romântico e um tributo a Cazuza.
Uma grande oportunidade para os fãs do roqueiro de rever o ídolo que encantou a juventude de um enigmático período de avanços e transformações no Brasil e no mundo.
Jornal Nossa Gente – O show do Brazilian Day Orlando Festival terá repertório especial ou serão as músicas que integram o Sex On The Beach?
Paulo Ricardo – Sim, este show que virou DVD é uma espécie de comemoração dos 30 anos de carreira e passa por todas as minhas fases, desde o começo no RPM, o pop romântico da carreira solo e os últimos singles como Ela Chegou e um tributo a Cazuza, lançado dia 4/4, data de seu aniversário. Mas sempre podemos ter surpresas…
NG – O rock dos anos 80 foi explosão no Brasil, influenciou manifestações políticas, o vestuário da época e as maneiras de pensar de uma geração. Como você – com seu trabalho – se insere neste contexto?
PR – Comecei a escrever sobre rock quando entrei no curso de Jornalismo da USP e em 83 fui morar em Londres como correspondente da revista Som Três. Foi um ano incrível para o pop rock, Bowie, Duran Duran, e eu trouxe toda essa informação para a cena do rock nacional que vinha crescendo. Com a direção de Ney Matogrosso, o show Rádio Pirata ao Vivo bateu todos os recordes e influenciou profundamente a música brasileira. Sou muito grato ao público por este sucesso.
NG – Os anos oitenta eram o ponto de encontro de novas “tribos”, como góticos, punks e fãs da new wave. A agitação espelhava a redemocratização do país. Por outro lado, o perigo da AIDS se tornava cada vez mais próximo, mudando radicalmente os hábitos sexuais. Como foi para você, musicalmente falando, esse período de avanços e retrações?
PR – Um momento histórico que mudou para sempre o show business nacional e deixou um songbook incrível, canções inesquecíveis que vêm se perpetuando nas novas gerações. Foi um privilégio fazer parte daquilo e conviver com aquela turma, sobretudo, meus amigos Cazuza e Renato Russo. Por uma série de motivos, aquela revolução permanece viva.
NG – Quem é o Paulo Ricardo hoje? Remanescente do rock dos anos 80 ou um inovador, pegando carona na impetuosidade de 2019?
PR – As duas coisas. Tenho muito orgulho de ter contribuído com algumas canções emblemáticas daquele período, mas não sou saudosista, ouço de tudo, sou muito curioso e estou sempre focado no próximo trabalho, e faço questão que ele soe absolutamente atual, como nos meus últimos lançamentos Ela Chegou e Pro Dia Nascer Feliz feat Selva, que vocês podem conferir nos aplicativos de música.
NG – Você é recordista de trilhas de novelas no Brasil, inclusive, o único artista no mundo que obteve autorização de Yoko Ono para gravar Imagine, de John Lennon – tema da novela Estrela Guia, na Globo. Você se sente privilegiado?
PR – Sem dúvida nenhuma a Globo é nossa Hollywood e é claro que me sinto privilegiado em fazer parte dessa história, caso do tema do Big Brother Brasil. Mas Imagine foi especial, inclusive a novela está sendo reprisada no Canal Viva. Obrigado Yoko, obrigado Rede Globo!
NG – Por falar em novela, tem chance de você voltar a atuar? Você voltaria aos estúdios de gravações para interpretar personagens?
PR – Adoraria! Participei da novela Esperança, onde contracenei com monstros sagrados como Raul Cortez e John Herbert, dirigido por Luiz Fernando Carvalho, e amei a experiência. Faria de novo com o maior prazer.
NG – Como você definiria o Brasil musical de hoje? Quais as críticas e quais os elogios?
PR – A música não é um fenômeno isolado, está intrinsecamente ligada ao momento socioeconômico do país e é uma espécie de polaroide, mas independente do nosso gosto pessoal temos que respeitar o sucesso.
NG – Declaração de Caetano Veloso – seus ombros – e paparicos das mulheres? Beleza influencia, cria subterfúgios?
PR – Hahahaha uma vez li uma entrevista com minha querida amiga Maitê Proença onde ela dizia, ‘a beleza abre portas, mas não as mantém abertas’. Concordo plenamente.
NG – Qual a sua expectativa para o encontro com a comunidade brasileira no Brazilian Day Orlando, em maio?
PR – Nos últimos anos temos visto uma verdadeira diáspora e creio que a comunidade brasileira hoje é bem diferente de minha última turnê aos EUA. Estou muito empolgado pra esse show memorável, e muito grato pelo convite. Espero que todos se divirtam tanto quanto nós!
Texto: Walther Alvarenga/Nossa Gente
Foto: Divulgação

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